As provas de Rinne e Weber são aplicadas na avaliação de pacientes que refiram como queixa disacusia. São provas funcionais que avaliam a parte coclear do VIII par craniano. É necessário para realização destas provas utilizarmos o diapasão.
§ Anatomia
§ Prova de Rinne:
Compara a audição por via aérea e audição por via óssea.
Técnica
Faz-se vibrar o diapasão, colocando-o primeiro com haste apoiada na mastóide (via óssea) até o paciente acusar não mais percebê-lo e de imediato, o reposicionamos próximo ao pavilhão auricular (via aérea). Em ambos, anotamos o tempo em que o diapasão é percebido até o paciente deixá-lo de perceber.
§ Interpretação
1- Rinne positivo normal
- Tempo em torno de +/- 20 seg. para a via óssea e, + 20 seg. via aérea, que tem duração 2x maior.
2- Rinne positivo encurtado ou patológico
- Tempo por via óssea diminuído (exemplo: 10 seg.). Traduz disacusia neurossensorial por lesão do órgão de Corti ou dos neurônios cocleares.
3. Rinne negativo
- Tempo por via óssea mais prolongado, melhor que por via aérea (o inverso do normal). Traduz disacusia de transmissão, lesão da orelha externa ou média; exemplos:otite externa, otite média, afecção do tímpano, objeto estranho em conduto auditivo externo, tampão ceroso)
§ Prova de Weber
O diapasão, após ser colocado a vibrar, é posicionado com a haste apoiada no vértice da cabeça.Os dois ouvidos percebem o som com igual intensidade. § Interpretação
1-Lesão no ouvido médio ou externo, disacusia de transmissão
- o som é percebido melhor, paradoxalmente, pelo ouvido lesado.
2-Lesão no nervo acústico ou no centro cortical auditivo
- o som é melhor percebido pelo ouvido normal.
Referências bibliográficas:
1.Vieira R., Semiologia Médica, 12ª ed., Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1980
Autora: Prof ª M.Lourdes A. Neto e Santos, docente da Cadeira de Clínica Médica, Semiologia, da Faculdade de Medicina da F.TE.S.M.
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