: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: Hipertensão portal por esquistossomose

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Hipertensão portal por esquistossomose

Masculino, 34 anos, brasileiro, sem citação da naturalidade e profissão.
Sua história tem inicio há 24 anos com dilatação progressiva das veias superficiais dos membros inferiores, que se tornaram proeminentes, gradualmente discoradas e endurecidas (fig. A). Após 5 anos, notou proeminência dos vasos da face anterior do tórax e parede abdominal (fig. B). Desenvolveu ginecomastia, e varicocele bilateral.
Não foi evidenciado ao exame clinico icterícia, telangiectasias ou atrofia testicular.
Havia ginecomastia bilateral e esplenomegalia.
A contagem de plaquetas era de 20.000 por milímetro cúbico, as provas funcionais hepáticas não estavam alteradas. A ultrasonografia duplex-doppler do abdômen mostrou fibrose periportal, esplenomegalia e elevado fluxo de portal.
A esofagogastroduodenoscopia mostrou a presença de varizes esofagicas.
Ovos viáveis de Schistossoma mansoni foram encontrados exame de fezes.
O diagnóstico firmado foi de esquistossomose intestinal, com hipertensão portal e seqüestro de esplênico.
O paciente foi tratado com praziquantel, mesmo com as evidencias de fibrose periportal e hipertensão porta, suportando bem o tratamento, com negativação posterior do exame de fezes.

Mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectados pelo Schistossoma. Destas, cerca de 120 milhões têm sintomas e 20 milhões estão gravemente doentes. Durante a última década, intervenções orientadas combinando o controle da proliferação caramujo, qualidade de água melhorada e o tratamento de pessoas infectadas têm contribuído para diminuir o peso da doença.

Referência:
Image of the Week.NEJM,Volume 361:e9 ; August 6, 2009 ; Number 6

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