: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: Esofagectomia: caso clinico

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Esofagectomia: caso clinico

Paciente de 52 anos foi internado com intoxicação alcoólica, letargia e anorexia, apresentando hiponatremia como achado complementar.
Ele tinha uma história pregressa de esofagogastrectomia total com anastomose jejunal há 20 anos, devido a lesão necrótica por ingestão de produto de limpeza contendo lixívia (também designada de potassa cáustica ou hidróxido de potássio, é uma solução aquosa de carácter básico, de hidróxidos, carbonatos e sulfuretos de metais alcalinos). Além disso, havia um histórico de abuso de álcool e disfagia.
Ao exame físico, movimentos peristálticos eram visíveis na área do esterno onde o jejuno foi interposto para reestabelecer o transito digestivo (vídeo).
A esofagectomia pode ser necessária devido à lesão esofágica cáustica ou câncer e, muitas vezes exige a interposição do estômago. Caso o estômago não esteja disponível, como neste paciente, segmentos do cólon ou intestino delgado podem ser utilizados. No momento da esofagogastrectomia inicial do paciente, uma abordagem pré-esternal foi utilizada para a anastomose final, ao invés de uma abordagem transtorácica ou subesternal, que são mais comumente realizadas. Como consequência da alteração da anatomia, os pacientes que se submeteram a esse procedimento apresentam muitas vezes disfagia, esvaziamento gástrico rápido (síndrome de dumping), distúrbios hidroeletróliticos, e obstrução.
O paciente em questão foi tratado com reposição hidroeletrolitica, suplemento multivitamínico, e a retomada de uma dieta oral obtendo alta com recuperação completa.

Referência:
NEJM, Volume 362:e68,June 17, 2010; Number 24

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