A fumaça de cigarro eletrônico (ECS) fornece nicotina através de aerossóis sem queimar tabaco e é promovida como não carcinogênica, ganhando popularidade significativa.
Pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Nova York publicaram na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS) que a ECS induz o dano do DNA no pulmão, bexiga e coração de cobaias de laboratório e reduz as funções das proteínas de reparação das células nesses órgãos.
A nicotina e o seu derivado cancerígeno, a nitrosamina cetona derivada da nicotina, podem induzir os mesmos efeitos e aumentar a susceptibilidade mutacional e a transformação carcinogênica de células epiteliais e uroteliais brônquicas humanas cultivadas. Estes resultados indicam que a nitrosação de nicotina ocorre in vivo em camundongos e que a fumaça do cigarro eletrônico é cancerígena para o pulmão e a bexiga das cobais em estudo e prejudicial ao coração destes animais.
Portanto, é possível que o fumo do cigarro eletrônico possa contribuir para o câncer de pulmão e bexiga, bem como para doenças cardíacas em seres humanos. Porém, são necessários mais estudos para fundamentar essa hipótese.
Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), publicação online em 29 de janeiro de 2018
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