: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: abril 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

INFLUENZA A (H1N1)

INFLUENZA A (H1N1)

Clique nos links abaixo, do Ministério da Saúde do Brasil e da OMS (WHO) com informações atuais e planejamento frente a INFLUENZA A e saiba mais sobre o assunto

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534

http://www.who.int/feeds/entity/csr/disease/swineflu/en/rss.xml

terça-feira, 21 de abril de 2009

RADIOLOGIA DO TÓRAX

Artigo em pdf , do Prof. Luiz Carlos Corrêia da Silva, Serviço de Pneumologia da Santa Casa de Porto Alegre.

Clique no link abaixo

http://www.clinicacorreadasilva.com.br/radiologia_torax.pdf

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Doenças infecciosas e parasitárias

clique e baixe:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/guia_bolso_7_edicao_web.pdf




terça-feira, 14 de abril de 2009

DROGAS NÃO!!!!

NÃO USE , NÃO EXPERIMENTE E SE POR ACASO FOR USUÁRIO REPENSE, BUSQUE AJUDA COM A FAMÍLIA, AMIGOS, COM PROFISSIONAIS DE SAÚDE , EM INSTITUIÇÕES SÉRIAS QUE POSSAM AFASTA-LO DESSE MAL.

NO RIO DE JANEIRO EXISTE A SECRETARIA ESPECIAL DE PREVENÇÃO À DEPÊNDÊNCIA QUÍMICA, CLICK NO LINK ABAIXO:

http://www.rio.rj.gov.br/livre_das_drogas/


VAMOS AJUDAR A QUEM PRECISA...

DROGAS NÃO!!!!

Eraldo dos Santos, professor de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da FTESM

quinta-feira, 9 de abril de 2009

ALTERAÇÕES DO RITMO RESPIRATÓRIO

A presença de alterações do padrão respiratório podem associar-se a distúrbios fisiopatológicos específicos tendo importante valor semiológico no auxilío ao diagnóstico do paciente.
Vão de alterações como o aumento ou diminuição da freqüência (taquipnéia e bradipnéia, respectivamente) à variações na amplitude respiratória com ou sem períodos de apnéia, podendo estar associadas a patologias graves com risco de morte iminente para o paciente.

Taquipnéia
- condições fisiológicas (ansiedade)
- patológicas (febre, lesões pulmonares)

Bradipnéia
- fisiológica (sono)
- lesões cerebrais com hipertensão intracraniana
- intoxicação exógena com depressão do centro respiratório

Ritmo de Cantani
Caracteriza-se pelo aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, de modo regular. Presente nos quadros onde há acidose metabólica (exemplos: cetoacidose diabética e insuficiência renal).



Ritmo de Kussmaul
Traduz-se por alternância seqüencial de apnéias inspiratórias e expiratórias e surge à medida que a acidose metabólica se agrava. As causas são as mesmas que geram o ritmo de Cantani.


Ritmo de Biot
É caracterizado por um padrão totalmente confuso, com movimentos respiratórios erráticos, freqüência e amplitude irregulares.
Surge em pacientes com hipertensão intracraniana e lesões do sistema nervoso central.



Ritmo de Cheynes-Stockes
Caracteriza-se pela alternância de períodos de apnéia, seguidos por hiperpnéia crescente e decrescente, até a instalação de nova apnéia, e, assim, sucessivamente. Ocorre mais comumente em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave, podendo também estar presente em vigência de lesões do sistema nervoso central e hipertensão intracraniana.



Referências bibliográficas:

1. PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 5ª edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2005.
2. Lópes M.,Laurentys J.M. - Semiologia Médica.1 ª-ed. Rio de Janeiro, Livraria Atheneu,1986.
3. Dispnéia, disponível em: http://portaldocoracao.uol.com.br/sinais-e-sintomas.php?id=70 Acesso em 31/03/2009.

Autores: Felipe Quirino, João Ricardo A. Marcos, Leonardo Consani, Leonardo Marcolino, Manuela Dias, Paula Natel, Rafael L. Ruback, Thais Ramos alunos do 5º periodo da Faculdade de Medicina da FTESM.
Orientadora: Maria de Lourdes A. Neto e Santos, docente da Cadeira de Clínica Médica, Semiologia, da Faculdade de Medicina da F.TE.S.M.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

SEMIOLOGIA DA TIREÓIDE

Semiologia da Tireóide

1. Introdução
Localizada na região anterior do pescoço, abaixo da cartilagem cricóide, intimamente aderida à traquéia, cercada nas laterais pelos músculos esterno-cleido-mastóideo, esterno-hiódeo, esterno-tireóideo e vasos carotídeos. Composta por dois lobos interligados pelo istmo assume conformação semelhante à letra H. Seu peso, em um adulto normal, é estimado entre 20-30 gramas.
Obs: em cerca de 15% da população há presença de 3º lobo, denominado de lobo piramidal.(figura 1)

figura 1

Órgão glandular, de secreção endócrina, responsável pela síntese, armazenamento e liberação dos hormônios tireoideanos, T3 e T4, cuja produção é controlada através de mecanismo de feedback negativo sobre o eixo hipotálamo (TRH)-hipofisário (TSH).
(figura 2 e quadro1)
Sua principal ação é anabólica e se dá sobre a maior parte dos tecidos do organismo, possuidores de receptores dos hormônios tireoideanos, sendo assim capaz de interferir sobre o metabolismo celular de quase todos os órgãos.
As principais doenças que acometem a tiróide costumam cursar com manifestações de hiper ou hipofunção do órgão.


figura 2

quadro 1

2. Anamnese
Cada elemento da anamnese é de especial importância no diagnóstico das afecções tireoideanas:
2.1- Identificação:
- sexo: as doenças da tireóide acometem mais as mulheres.
- idade: bócio multinodular incide predominantemente após a quarta década de vida.
- naturalidade e a procedência: regiões de dieta com baixa ingesta de iodo, e bócio endêmico.
- profissão: trabalhadores que manipulam materiais iodados, e hipertireoidismo factício.

2.2- História da Doença Atual:
As patologias da tiróide manifestam-se por sinais e sintomas locais e gerais. Podemos dividi-los em dois grupos: de hipofunção e de hiperfunção da glândula, sendo resultante de um maior ou menor metabolismo basal.

§ Manifestações locais:
Independente de aumento ou diminuição de função, destacamos:
- Dor - piora com a deglutição e/ou palpação, irradiada para mandíbula ou ouvidos, acompanhados pelo aumento da glândula.
- Disfonia ou rouquidão - compressão do nervo recorrente laríngeo, localizado entre a traquéia e a glândula.
- Disfagia - Devido ao aumento da glândular pode ocorrer compressão do esôfago.
- Dispnéia – é rara, ocorrendo por compressão da traquéia

§ Manifestações gerais:
a/ Hipertiroidismo
Têm como base o aumento do metabolismo basal:
- Sudorese excessiva
- Febre.
- Diarréia.
- Perda ponderal.
- Fraqueza muscular.
- Palpitações.
- Alterações no ciclo menstrual na mulher.
- Perda da libido e ginecomastia no homem.
- Ansiedade, inquietação e irritabilidade.
- Tremores finos das mãos.
- Exoftalmia.( figura 3)
- Pele: fina, sedosa, úmida e quente.
- Fâneros: unhas descoladas do leito (onicólise - unhas de Plummer).
Os cabelos são finos e lisos.

figura 3

b/ Hipotiroidismo
Decorrem da diminuição do metabolismo basal.
- Ganho de peso
- Lentidão do movimento e do raciocínio
- Hipersensibilidade ao frio
- Cansaço
- Constipação
- Diminuição da sudorese
- Fácies mixedematosa(figura 4)
- Enoftalmia
- Macroglossia
- Edema de membros inferiores e periorbital
- Diminuição da libido e ginecomastia.
- Amenorréia
- Neuro-Psiquicos: fácies apática, desatenção e desleixo, bradilalia
(fala lenta), parestesias.
- Pele e mucosas: podem estar hipocoradas, pele ressacada, áspera e descamativa.
- Fâneros: pelos e cabelos, secos, rarefeitos, sem brilho e quebradiços, fragilidade ungueal.
Observações:
• Fatores desencadeantes: gestação, puberdade, traumas emocionais, físicos e infecções.
• Uso de substâncias iodadas (xaropes, contrastes), medicamentos (amiodarona, carbonato de lítio e outros).

figura 4


2.3- História Patológica Pregressa:
Antecedentes clínicos: diagnóstico prévio de hipo ou hipertiroidismo e
irregularidade de tratamento e/ou acompanhamento.
Antecedentes cirúrgicos (tireoidectomia): relaciona-se com quadros de mixedema e coma mixedematoso.

2.4- História Familiar:
Na historia familiar é comum à presença de outros membros diretos da família acometidos por doença tireoideana.

3. Inspeção
Normalmente a tireóide não é visível, exceto em pacientes emagrecidos. É melhor visualizada com a extensão do pescoço associada a deglutição (por ser fixa à fáscia pré-traqueal, é deslocada para cima na deglutição)
O aumento do volume da glândula é denominado bócio.
Observar a simetria glandular: aumentos simétricos sugerem bócio difuso e os assimétricos bócio nodular.(figura 5)

figura 5

4. Palpação
Pode ser realizada anterior ou posterior ao paciente:
§ Anterior:
A posição de exame do paciente: sentado frente ao examinador, com a cabeça em discreta flexão anterior.
a. localizando a glândula: identificar as cartilagens tireóidea e cricóide e localizar o istmo, situado logo abaixo desta última. Posiciona-se o polegar direito horizontalmente, abaixo da cartilagem cricóide, solicitando ao paciente que degluta, permitindo com a movimentação a percepção do istmo, cuja consistência é elástica e a largura gira em torno de 0.5 cm.( figura 6)

figura 6

b. palpando os lobos: o examinador posiciona-se anterior e a direita do paciente. Localizado o istmo, posicionamos verticalmente os dedos polegar e indicador da mão direita, um em cada lado da traquéia e solicitamos ao paciente que degluta,movimentando assim a glândula, que será perceptível bilateralmente ao passar pelos dedos.
A palpação dos lobos deve também ser realizada individualmente, da seguinte forma: (figura 7)
- para o lobo direito, nos posicionamos anterior e a esquerda do paciente e com os dedos indicador e médio da mão esquerda justapostos e horizontalizados, ordenamos ao paciente que degluta.
- para o lobo esquerdo, nos posicionamos anterior e a direita do paciente e com os dedos indicador e médio da mão direita procedemos a mesma seqüência anterior.

- palpação anterior bimanual (figura 8)

figura 7

figura 8

§ Posterior (figura 9 e 10)
Deve ser realizada com paciente sentado e o examinador por trás do mesmo. O paciente então flete a cabeça ântero-lateralmente, para descontrair o músculo esternocleidomastóideo, e em seguida é feita à palpação dos lobos da tireóide e do istmo.

figura 9

figura 10

Elementos a serem avaliados durante a palpação:
Volume - Aproximadamente 3-5 cm (os lobos, sendo o direito um pouco maior) e istmo com diâmetro de 0,5 cm.
Consistência - Normalmente de consistência elástica, a presença de áreas mais firmes pode indicar nodulações ou processos neoplásicos.
Dor - Normalmente indolor a palpação. Quando dolorosa pode ser indicativo de processo inflamatório primário ou secundário.
Superfície - Normalmente lisa perdendo essa característica quando da presença de nódulos.
Mobilidade - Normalmente móvel à deglutição pode perder ou ter diminuído a mobilidade em processos neoplásicos.
Pulsações - Dependem da transmissão das pulsações das carótidas, pela proximidade anatômica.
Frêmitos - Ocorrem pela interrupção do fluxo laminar ocasionado pelo aumento da velocidade circulatória na glândula.

5) Ausculta

Deve sempre ser pesquisado, principalmente quando ha aumento da glândula tireóide. Posiciona-se o tambor do estetoscópio sobre a pele de projeção da glândula.
Normalmente ausculta-se somente a pulsação das artérias carótidas, mas quando há aumento da velocidade do fluxo circulatório na tireóide pode-se auscultar um sopro contínuo. Indicativo de hiperfunção da glândula tireóidea.

§ Sinal de Pemberton
O bócio multinodular pode causar compressão da traquéia e quando retroesternal (bócio mergulhante) compressão da veia cava superior. O sinal de Pemberton surge , nestes pacientes, quando elevamos os braços do mesmo acima da cabeça, manobra esta que pode fazer com que o paciente fique dispnéico, apresente estridor, as veias do pescoço se distendam e haja pletora facial, pela suspensão do mediastino superior e do bócio comprimindo os vasos adjacentes. (figura 11)

figura 11

Referências bibliográficas:
1. Ramos Júnior, J. Semiotécnica da Observação Clínica : Síndromes Clínico-Propedêuticas.5ª edição . São Paulo, Sarvier, 1976
2. Ernest L. Mszzaferri, M. D. Endocrinology : A Review of Clinical Endocrinology: Editora Guanabara Koogan S. A., Rio de Janeiro, 1978.
3. Porto Celeno,C. Semiologia Médica. 5ª edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., 2005
4. Maciel LMZ. Thyroid Exam. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (1): 72-77.
5. Internet: site - www.medspain.com/pautas/hipotiroidismo.html

Autor: Diego Ribeiro Mattos, 7º periodo Medicina da FTESM.

Orientador: prof. Eraldo dos Santos, docente da cadeira de Clínica Médica e Semiologia da FTESM.