: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: março 2009

segunda-feira, 30 de março de 2009

ANATOMIA RADIOLÓGICA DO TÓRAX

CLIQUE NO LINK ABAIXO E VEJA PARTE DO CONTEÚDO DO SITE: CHEST-RAY

http://www.chestx-ray.com/Anatomy/Anatomy.html

NA SEÇÃO LINKS ÚTEIS, AO LADO, VOCE PODERÁ VER E EXPLORAR O SITE POR COMPLETO, CLICANDO EM RADIOLOGIA: CHEST-RAY

domingo, 29 de março de 2009

ACIDENTE COM ARPÃO

Clique no link abaixo e veja as imagens

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1063501-5606,00-PASSA+BEM+MERGULHADOR+ATINGIDO+NA+CABECA+POR+ARPAO.html

quarta-feira, 25 de março de 2009

MARCHA ATÁXICA: Polineuropatia

VÍDEO: MARCHA ATAXIA & POLINEUROPATIA PERIFÉRICA

Ataxia (gr ataxía) - Desordem e falta de coordenação nos movimentos voluntários.

O vídeo abaixo mostra ataxia na marcha, em paciente com anemia megaloblástica e consumo habitual, há longa data, de bebidas contendo álcool.

Observar disbasia (alargamento da base em busca de equilíbrio) e que o paciente ao andar flete a coxa, levanta demasiadamente a perna e nota-se que o pé cai. O bico do sapato toca no solo,com força, como se escavasse o mesmo. Este tipo de marcha é encontrada em neuropatias periféricas que comprometam o nervo fíbular comum ou ciaticopoplíteo externo, que são responsáveis pela a dorsiflexão do pé. É denominada de marcha"escarvante" ou stepage.

Eraldo dos Santos, professor de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da FTESM

terça-feira, 24 de março de 2009

VIII PAR: Provas de Rinne e Weber


Provas de Rinne e Weber

As provas de Rinne e Weber são aplicadas na avaliação de pacientes que refiram como queixa disacusia. São provas funcionais que avaliam a parte coclear do VIII par craniano. É necessário para realização destas provas utilizarmos o diapasão.

§ Anatomia


§ Prova de Rinne:
Compara a audição por via aérea e audição por via óssea.
Técnica
Faz-se vibrar o diapasão, colocando-o primeiro com haste apoiada na mastóide (via óssea) até o paciente acusar não mais percebê-lo e de imediato, o reposicionamos próximo ao pavilhão auricular (via aérea). Em ambos, anotamos o tempo em que o diapasão é percebido até o paciente deixá-lo de perceber.



§ Interpretação
1- Rinne positivo normal
- Tempo em torno de +/- 20 seg. para a via óssea e, + 20 seg. via aérea, que tem duração 2x maior.

2- Rinne positivo encurtado ou patológico
- Tempo por via óssea diminuído (exemplo: 10 seg.). Traduz disacusia neurossensorial por lesão do órgão de Corti ou dos neurônios cocleares.

3. Rinne negativo
- Tempo por via óssea mais prolongado, melhor que por via aérea (o inverso do normal). Traduz disacusia de transmissão, lesão da orelha externa ou média; exemplos:otite externa, otite média, afecção do tímpano, objeto estranho em conduto auditivo externo, tampão ceroso)

§ Prova de Weber
O diapasão, após ser colocado a vibrar, é posicionado com a haste apoiada no vértice da cabeça.Os dois ouvidos percebem o som com igual intensidade. § Interpretação
1-Lesão no ouvido médio ou externo, disacusia de transmissão
- o som é percebido melhor, paradoxalmente, pelo ouvido lesado.

2-Lesão no nervo acústico ou no centro cortical auditivo
- o som é melhor percebido pelo ouvido normal.

Referências bibliográficas:

1.Vieira R., Semiologia Médica, 12ª ed., Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1980

Autora: Prof ª M.Lourdes A. Neto e Santos, docente da Cadeira de Clínica Médica, Semiologia, da Faculdade de Medicina da F.TE.S.M.

quarta-feira, 18 de março de 2009

PULSAÇÕES DA TRAQUÉIA

PULSAÇÕES DA TRAQUÉIA: Sinal de Oliver-Cardarelli

A posição normal da traquéia é na linha mediana do pescoço, sendo mais facilmente visualizada em pessoas magras, com pescoço longo. É palpável, qualquer que seja o tipo constitucional do paciente, sendo de fácil percepção e analise bem como a face anterior e lateral da laringe.
A traquéia poderá ser desviada lateralmente por afecções pleuro-pulmonares (fibrose, atelectasia, derrames pleurais ou pneumotórax) ou do mediastino (tumores e doenças cardio-vasculares) que exerçam pressão lateral ou posterior.
Podemos, na palpação da traquéia, perceber pulsações, em virtude da proximidade das carótidas, das relações do brônquio esquerdo com a crossa da aorta e aurícula esquerda. Em determinadas situações estas pulsações podem constituir sinal de patologia cardiovascular, aneurisma aórtico ou insuficiência cardíaca com crescimento da aurícula esquerda.
Destacamos neste trabalho a análise das pulsações da traquéia e sua interpretação, no exame clínico do paciente.

SINAL DE OLIVER

Com a cabeça em posição anatômica (sinal de Oliver) ou levemente inclinada para trás (sinal de Mac-Donnel*), fixamos a cartilagem cricóide com o polegar e o indicador da mão direita, fazendo leve pressão no sentido caudo-cranial(Figura 1). Em pacientes portadores de aneurisma da crossa da aorta, poderá ser percebida a movimentação da laringe para baixo, sincronicamente ao pulso arterial.
Tal achado semiológico se deve ao íntimo contato da aorta aneurismática, na sua concavidade, com o brônquio esquerdo, transmitindo a este a pulsação arterial.
Em algumas situações, esta manobra pode provocar dor e/ou espasmo laríngeo, causando desconforto e sendo perigoso para o paciente.

*
Obs: O sinal de Mac-Donnel expressa o mesmo significado propedêutico do sinal de Oliver.

SINAL DE CARDARELLI

Consiste em se fazer delicada pressão na laringe (cartilagem cricóide) com o polegar ou dedo médio da mão direita, no sentido lateral da direita para a esquerda, deslocando a traquéia da sua posição mediana para este lado(Figura 2). Caso haja presença de aneurisma da crossa aórtica, perceber-se-a movimentação rítmica laringotraqueal. Este achado será de maior valor diagnóstico se desaparecer com o deslocamento da laringe para o lado contrario (da esquerda para a direita).

CONCLUSÃO

O sinal de Oliver e de Cardarelli baseiam-se na pulsação laríngea, como resultado da impressão das pulsações sobre o brônquio fonte esquerdo ou bifurcação traqueobrônquica por aneurisma da crossa da aorta(ou crescimento auricular esquerdo - Edwald). Buscam o mesmo objetivo, que é a identificação de dilatação da concavidade da aorta, o primeiro correspondendo em localização, a dilatação mais medial da crossa e o segundo a porção mais distal. Como, nas condições de dilatação da crossa da aorta todo o seu segmento se fecha frequentemente com uma dilatação uniforme, associam-se os sinais com a denominação de Sinal de Oliver-Cardarelli.
Atualmente com os recursos tecnológicos de imagem estes sinais são pouco valorizados por alguns mas, na pirâmide do processo diagnóstico, continuam sendo importantes no que tange a racionalidade na solicitação de exames complementares baseados nas evidências dos achados clínicos.
Figura 1
Figura 2


Fontes Bibliográficas:
1. Surós J., Semiologia Médica y Técnica Exploratória, Salvat Editores S.A., 6ª ed. Barcelona, 1978.
2. Vieira R., Semiologia Médica,12ªed.,Editora Guanabara Koogan S.A.,Rio de Janeiro,1980
3. Bethlem Newton; artigo: Simplificação da nomenclatura padrão em doenças torácicas;Jornal de Pneumologia 6(4), dezembro 1980.
4. López M., Laurentys J.M., Semiologia Médica,1ªed., Livraria Atheneu.Livraria Interminas, 1986.
5. Ramos Júnior, J. Semiotécnica da observação clínica. 7ª ed. São Paulo, Sarvier, 1998.

Autores: Alessandro Bizzotto, Amanda Muniz, Bruna Natal, Lorenna Belladonna, Marina Hermsdorff, Natasha Geisel, Roberta Cunha, Viviane Zuquim.
Alunos do 5º período da Faculdade de Medicina da Fundação Técnica Educacional Souza Marques, Cadeira de Semiologia, Departamento de Clínica Médica.

Orientador: prof.Eraldo dos Santos

segunda-feira, 16 de março de 2009

BEZOAR

BEZOAR: CONSIDERAÇÕES

Bezoar é um tipo especial de “tumoração”, formada no lúmen do aparelho digestivo a partir da ingesta continuada e prolongada, intencional de materiais não comestíveis, de medicamentos de uso continuo ou de alimentos que compõe o dia a dia da dieta do paciente. Em resumo, são corpos estranhos que formam massas no lúmen gástrico ou intestinal, particularmente em pacientes com distúrbios psiquiátricos ou retardo mental, e em pacientes que apresentem alterações motoras do estômago, decorrentes de vagotomias (troncular ou seletiva), gastrectomias ou em decorrência de patologias que cursem com neuropatia visceral (ex.: diabetes).
A classificação dos bezoares é feita de acordo com o conteúdo da massa.

Que tipo de material pode acumular, formando o bezoar?

Cabelo humano, resultante de ingestão freqüente (tricofagia), com maior incidência em crianças e mulheres jovens com problemas psiquiátricos, sendo denominado tricobezoar.

Acúmulo de fibras vegetais, decorrente da ingesta na dieta, em pacientes com distúrbio motor pós-cirurgico ou por neuropatia visceral e em pacientes com mastigação deficitária, ou ambos. É denominado de fitobezoar.

O acúmulo de produtos lácteos é denominado de lactobezoar.

Farmacobezoar é a denominação decorrente ao acúmulo de medicamentos de uso contínuo, geralmente comprimido laqueados, em pacientes que apresentem fator predisponente clinico ou cirúrgico.

• As leveduras podem formar bezoar em pacientes com estômago operado.

Outros materiais, em pacientes com distúrbios psiquiátricos, como pedras, pregos, tecido, etc., são encontrados.

Quais os achados no exame clínico em paciente com bezoar?

- Emagrecimento e queda do estado geral.

- Sinais clínicos de anemia e desnutrição.

- Distúrbios psiquiátricos.

- Cicatriz de laparotomia por cirurgia gástrica.

- Massa abdominal, por vezes visível e móvel a palpação.

O que é a síndrome de Rapunzel?

Rapunzel é um conto de fadas compilado no livro: Contos para a infância e para o lar, dos Irmãos Grimm.Ela é criada numa imensa torre, prisioneira do mundo, por uma bruxa malvada. O cabelo da menina nunca é cortado e é conservado como uma gigantesca trança.Em raras ocasiões, a massa gástrica prolonga-se como uma cauda para o intestino delgado, conferindo um aspecto curioso ao bezoar, semelhante aos cabelos da personagem, sendo estes casos denominados de síndrome de Rapunzel.

Qual o tratamento para o bezoar?

• Tratamento clínico:
- preparações enzimáticas (papaína ¹) e procinéticos

• Tratamento cirúrgico:
- é o mais freqüente e eficaz

• Desfragmentação endoscópica ¹

• Uso do litotriptor extra corpóreo ²

Referências:
1. Azuara Fernández HM, Azuara Gutiérrez H, Hernández Márquez N, et al : Tricobezoar intestinal : Diagnóstico diferencial en niños con masa abdominal. Bol Med Hosp Infant México. 1989, 46 (11) : 732-35.

2. Canavese F, Maiullari E, Costantino S, et al : Tricobezoar gastrico : Descrizione di un caso clinico apresentazione anomala.Pediat Med Chil, 1994, 16 (3): 289-91.

3.Ariel S. Frey, B.A., M.A.T., Milissa McKee, M.D., M.P.H., Robert A. King, M.D., and Andrés Martin, M.D., M.P.H. Clinical Case Conference: Hair Apparent: Rapunzel Syndrome Am J Psychiatry 162:242-248, February 2005.



4.DIE TRILL, J et al . Tricobezoar. Rev Chil Cir , Santiago, v. 59, n. 3, 2007.

figura 1: Cirurgia gástrica: tricobezoar



figura 2: Peça cirurgica, correspondente da figura 1

fotos fig.1 e fig.2:
DIE TRILL, J et al . Tricobezoar. Rev Chil Cir , Santiago, v. 59, n. 3, 2007 .

figura 3: peça cirurgica - síndrome de Rapunzel

foto fig.3:
Ariel S. Frey, B.A., M.A.T., Milissa McKee, M.D., M.P.H., Robert A. King, M.D., and Andrés Martin, M.D., M.P.H. Clinical Case Conference: Hair Apparent: Rapunzel Syndrome Am J Psychiatry 162:242-248, February 2005.

Escrito por: Eraldo dos Santos e Maria de Lourdes Almeida Neto e Santos, docentes do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da FTESM.

domingo, 15 de março de 2009

MOVIMENTOS OCULARES: SIMULADOR

III, IV e VI pares cranianos são responsáveis pelos movimentos oculares.
Aprenda pesquisar os movimentos dos olhos e os nervos cranianos responsáveis por esta dinamica, e quando existir comprometimento de algum destes , qual é a forma de apresentação destas lesões.
Simulador com apresentação da normalidade e perguntas.
Site de origem UC Davis, clique no link abaixo e só pare quando estiver intimo da normalidade e lesões.

http://cim.ucdavis.edu/eyes/version1/eyesim.htm

Professor Eraldo dos Santos, clínica médica e semiologia da Faculdade de Medicina da FTESM, médico da 9ªenfermaria da Santa Casa da Misericórdia do RJ

quarta-feira, 11 de março de 2009

HISTÓRIA DA MEDICINA: O ESTETOSCÓPIO

HISTÓRIA DA MEDICINA: O ESTETOSCÓPIO Primeiro estetoscópio: Rene Theophile Laennec (1816)

foto:Science Museum/Science & Society Picture Library




O acesso aos sons do corpo humano é descrito na literatura medica antiga.Nos papiros médicos do Egito antigo, datados do século 17 a.C., constam registros de que era possível escutar sons específicos em um organismo acometido por uma determinada doença.
Hipócrates, o pai da medicina, defendeu a procura de instrumentos filosóficos e práticos para o desenvolvimento da medicina em 350 a.C. e, na época, propôs então um procedimento que consistia em “chacoalhar” o paciente pelos ombros (sucussão) e ouvir os sons produzidos pelo peito do enfermo. Hipócrates também é o pai da ausculta direta desarmada: foi ele o criador do método no qual o ouvido do examinador era aplicado diretamente ao precórdio do paciente, tendo percebido que isso era útil para detectar o acumulo de liquido no tórax.
Somente em 1816, a medicina sofreria uma revolução na rotina da busca do diagnóstico, com a criação do estetoscópio pelo jovem médico francês René Theophile Hyacinthe Leannec, discípulo de Corvisat, criador do método de percussão no exame clínico. Leannec, ao ter que examinar uma adoscelente foi tomado por um sentimento extremo de constrangimento em colocar seu ouvido diretamente sobre o tórax da mesma, método de ausculta utilizado por todos os médicos na época. Recordando então de uma brincadeira que aprendeu quando criança, quando com cilindros ocos, colocados sobre paredes eles se comunicavam, usando o principio da transmissão do som sobre as superfícies. Então, enrolou 24 folhas de papel e pos uma extremidade sobre o peito da paciente e a outra em seu ouvido. Feito isso, percebeu, que não só o som era transmitido através do cone de papel, mas também ficava mais alto e claro. A primeira prova escrita que documenta a ausculta com o uso de um estetoscópio data de 8 de março de 1817, quando Leannec utilizou tal instrumento ao examinar Marie-Melaine Basset que tinha 40 anos de idade.
Leaneec preferiu chamar o instrumento simplesmente de “Lê Cylindre” mudando posteriormente, por conta de seus colegas, para estetoscópio, do grego estetos (o peito) e scopios (observar).Habilidoso carpinteiro, mantinha em sua casa uma pequena carpintaria. Criou então um estetoscópio que consistia em um cilindro de madeira perfurado de ponta a ponta em seu interior. Era composto por duas partes. Uma extremidade possuía um orifício para colocar o ouvido e a outra terminava em formato de cone. Com o “novo” aparelho era possível auscultar sons cardíacos e pulmonares. Leannec publicou sua invenção em 1819. Estudou profundamente várias doenças, sobretudo as relacionadas com as vias respiratórias. Descreveu as lesões da tuberculose pulmonar, a bronquiectasia, o pneumotórax, o empiema e as pneumonias. Deixou como seu principal trabalho De l'auscultation médiate (Paris, 1819).
Veio a falecer em 1826, conseqüência de uma doença a qual passou muito tempo de sua vida estudando: a tuberculose.

Autor: Daniel Almeida Neto e Santos acadêmico da Faculdade de Medicina da UNIRIO
Supervisão: Eraldo dos Santos, professor de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da FTESM.

segunda-feira, 9 de março de 2009

MEDIÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIA

MEDIR A PRESSÃO INTRACRANIA DE FORMA NÃO INVASIVA??

Sim, equipe chefiada pelo professor Sérgio Mascarenhas, diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de São Carlos, com apoio da Fapesp( Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), desenvolveu um aparelho não-invasivo para medir a pressão intracraniana que irá revolucionar a neurologia e a neurocirurgia no diagnóstico, tratamento e evolução clínica de seus pacientes.

Leia mais a respeito, clicando no link abaixo:

http://www.rogeriosilveira.jor.br/reportagem2008_11_18_professor_sergio_mascarenhas_e_o_monitor_de_pressao_intracraniana_usp_sao_carlos.php